No IV Encontro dos Tribunais de Contas realizado em Fortaleza, no dia 4/8/14, Silvio Romero de Lemos Meira, pesquisador da área de Engenharia de Software e atuando nos seguintes temas: máquinas sociais, sistemas de informação, software livre, redes sociais, performance, métricas e qualidade em engenharia de software, iniciou a palestra magna “O fenômeno das ruas” indagando: Como criar as grandes tendências? Como estão fazendo China, Indonésia, Tailândia e outros países.
Apresentou a seguinte equação: educação + oportunidade = esperança Segundo ele, o Estado deve ter 3 papeis: educar, criar oportunidade e sair para frente. E pergunta novamente: Como fazer para que o Estado englobe esses 3 itens?
Primeiramente, disse que “o mundo está cada vez mais em rede e o lugar ainda é muito importante, pois falamos de um país (estado, cidade). Isso está inserido no território, em que o contexto geográfico engloba possibilidades, limites e cultura. Daí, criam-se instituições, sistema e com ele as regras informais e formais. Entretanto, países não estão isolados, são performance em contexto global.
A partir dos elementos contexto, cultura, sistema e regras, pode-se dizer que o Brasil é ineficiente e ineficaz, complementa Meira. Segundo dados do Programme for International Student Assessment (Pisa) que é desenvolvido e coordenado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), dentre 65 países o Brasil ocupa o 58º na qualidade em educação enquanto o Chile, 44º.
Conforme Sílvio Meira, “O Brasil é uma grande complicação”, visto que “a hierarquia como base da burocracia é caracterizada pela mais completa falta de autonomia”. Em relação aos impostos, exemplifica que uma empresa instalada na América Latina gasta, em média, 369 horas/ano de funcionamento para pagar imposto, enquanto que, no Brasil, nada menos que 2.600 horas/ano.
Por fim, mencionou que os tribunais de contas, órgãos de controle, “precisam defender a simplicidade” fazendo revisão de processos, aplicando regras simples e fez referência ao Princípio KISS, o qual significa manter as coisas simples, ou seja, buscar os resultados evitando qualquer complexidade não necessária.